Pentest é um teste que deve ser conhecido por qualquer gestor que deseja evitar ciberataques, garantir a defesa do seu sistema e ter as melhores estratégias para proteger os dados de seu negócio. Esse conceito vem ganhando cada vez mais relevância pela rápida e ampla expansão de ataques a redes corporativas, que aumentaram 77% em 2021 e a expectativa é que esse número suba em 2022.
Diante desse cenário, o Pentest surge como um procedimento essencial para a sobrevivência e desenvolvimento de negócios de qualquer porte ou segmento. Continue lendo este conteúdo para saber melhor seu conceito, seus tipos, quais são suas fases e seus benefícios!
Pentest: o que é?
Pentest significa Penetration Test (Teste de Penetração ou de Intrusão, em português). Trata-se de um processo usado para identificar vulnerabilidades na segurança da informação de empresas. Ao realizá-lo, você consegue corrigir falhas de segurança, minimizar riscos e saber quais dados corporativos podem ser subtraídos por meio dos ataques testados.
Esse teste é feito por hackers éticos — também chamados de pentesters —, profissionais de TI que estudam os limites da cibersegurança de empresas. Eles simulam ciberataques para encontrar vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por hackers maliciosos e fornecem as orientações para solucioná-las.
Com ele, os gestores de TI passam a conhecer melhor as fraquezas de seus sistemas e onde devem concentrar os investimentos para aumentar a proteção do negócio. Isso acontece porque o teste é bastante amplo e engloba elementos como a infraestrutura de rede, aplicações, páginas web, redes sem fio, contas de usuários, sistema de gestão integrado entre outros.
Saiba que o Pentest pode ser interno ou externo. No primeiro é feito um teste internamente para encontrar eventuais danos que podem ser causados pelos próprios colaboradores. Já o externo é realizado fora do negócio e de forma remota.
Conheça os diferentes tipos de Pentest
Ainda há três diferentes tipos de Pentest que se diferenciam pelo objetivo e cobertura do teste. Conheça-os a seguir.
White Box
É uma avaliação de toda a infraestrutura de rede, incluindo IPs, aplicações e dispositivos. Nesse tipo, o testador recebe um número elevado de informações sobre a estrutura de segurança da empresa antecipadamente. Isso é necessário para que o profissional faça um teste completo e explore todos os recursos disponíveis da empresa.
Black box
Os ataques são feitos às cegas, o que significa que os pentesters não recebem nenhuma informação sobre a estrutura do negócio de forma prévia. Na prática, esse tipo é o mais próximo à situação de um cibercriminoso real, que tenta explorar vulnerabilidades que são mais conhecidas pelo mercado.
Gray Box
Consiste no meio-termo dos dois tipos anteriores e o responsável pelo teste recebe informações básicas ou específicas sobre o sistema do negócio, como acesso a um serviço web ou dados da infraestrutura da rede.
O Pentest dividido em 7 fases
Independentemente do tipo de Pentest escolhido, é necessário aplicar 7 etapas que tornam o processo mais otimizado, eficiente e amplo. Veja quais são elas.
1- Pré-reconhecimento
A empresa contratante e a contratada elaboram um planejamento que inclui os objetivos a serem atingidos, o que será testado, quais meios serão usados, as modalidades de testes e análise, entre outros tópicos. Nesse momento também é criado um termo de confidencialidade para resguardar ambas as partes.
2 – Coleta das informações
Chamada de reconhecimento, aqui é feito o recolhimento de informações como o ramo de atuação da empresa, existência de filiais, quais serviços são prestados, domínios, e-mail dos colaboradores que têm acesso a informações cruciais, entre outros.
Esses dados permitem que os testadores saibam se o negócio usa uma rede privada (VPN) e coletem os endereços dos servidores (DNS). Isso pode ser feito com a ferramenta Open Source Intelligence (OSINT ou Inteligência de Fonte Aberta, em português).
3 – Mapeamento da rede
O pentester começa a mapear a rede e fazer uma varredura do sistema. Ele descobre a topologia da rede, servidores utilizados, quantidade de computadores na rede interna, sistemas operacionais, portas abertas nos firewalls, IPs que são usados, entre outros dados.
4 – Listagem dos serviços
Nessa fase o especialista busca os serviços que são executados nas portas de acesso ao sistema, o que pode ser feito com uma ferramenta que efetua um monitoramento que procura conexões na rede corporativa.
5 – Análise das falhas
Com todas as informações anteriores em mãos, os profissionais conseguem analisar as possíveis vulnerabilidades da empresa, saber como eles podem explorá-las e conseguir acesso ao sistema ou rede da empresa contratante.
6 – Exploração das vulnerabilidades
O pentester começa as tentativas de invasões na prática, em que são aplicados vários instrumentos — que geralmente são automatizados — como força bruta, backdoors, injeção de SQL, cross-site scripting, entre outras. É possível que seja necessário personalizar as ferramentas de teste ou desenvolver algumas completamente novas
Além disso, o profissional identifica que tipo de dado ou controle se consegue por cada tipo de ataque. Por exemplo, ele saberá se pode subtrair dados sensíveis, interromper o serviço ou executar programas remotamente.
7 – Pós-exploração de falhas
A equipe recolhe as evidências dos testes e elabora relatórios que apontam as brechas que precisam ser corrigidas, como má configuração de sistemas, desatualização de aplicativos, portas abertas que deveriam estar fechadas, entre outros. Esses documentos também trazem como cada vulnerabilidade pode prejudicar a empresa.
Os benefícios que o teste de intrusão é capaz de trazer para seus projetos
Investir no Pentest traz um amplo rol de vantagens para os projetos de TI e a segurança da informação da empresa. Veja quais são os principais eles:
• Conhecimento dos riscos: os testes trazem as ameaças reais de invasões, ou seja, aqueles que os criminosos podem efetuar na prática;
• Teste da defesa cibernética: você saberá o nível de proteção e efetividade de suas ferramentas de defesa;
• Melhores ações de proteção: os feedbacks gerados pelos pentesters incluem estratégias que devem ser tomadas caso um cibercriminoso seja bem-sucedido no ataque;
• Garantia da continuidade: o negócio aprimorará sua segurança da informação e poderá reduzir riscos, melhorar sua imagem e ter maior confiança de clientes, parceiros, investidores e outros;
• Compliance: a empresa conseguirá se manter regular perante a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras normas sobre o tema, já que minimiza as chances de que dados sensíveis sejam vazados.
Diante de tantos benefícios, pode-se observar que o Pentest é uma atividade essencial para que você identifique as fraquezas, saiba como corrigi-las e como se preparar para eventuais ataques. Será necessário aplicar as técnicas explicadas neste material para garantir eficiência do processo e contar com uma consultoria de TI que fornece soluções ideais para as necessidades do seu negócio.
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